terça-feira, 19 de julho de 2011

PAPO DE TAXISTA

Ultimamente eu tenho andado muito de táxi. Digo, ultimamente nos últimos ANOS, ou melhor especificando, desde que a maldita e infeliz LEI SECA passou a vigorar 7 dias por semana, 365 dias por ano, não perdoando nem feriado, dia santo, Natal e reveillon.



Então, tenho reparado ultimamente no style dos taxistas aqui da cidade maravilhosa. A primeira coisa que realmente dá pra notar é que o perfil do cara que tá entre o volante o banco do motorista nos carrinhos amarelos aqui no Rio é diferente dos mesmos caras (só que nos carrinhos brancos) em São Paulo.

Na terra da garoa, os pilotos são bem mais velhos (senhores de idade mesmo), e geralmente imigrantes humildes e respeitáveis do nordeste do país, que chegaram a SP ainda quando eram crianças. São quase sempre mais educados, andam uniformizados, falam muito pouco, não deixam o rádio FM ligado, e o veículo tem GPS, encontra-se bem cheiroso por dentro e em bom estado geral de conservação (normalmente é um Meriva ou outro maior ainda).

Aqui no Rio, normalmente o que se vê é um moleque de 20 e poucos anos metido a malandro, com 2 celulares + 1 Nextel (que ficam o tempo todo tocando, ou em uso), um Santana a gás amofinadamente fedorento e em avançadíssimo estado de decomposição (usualmente sem a borracha das portas -- repare que dá pra sentir o arzinho entrando pelas frestas mal vedadas), nenhum uniforme, falta de educação, falatório incessante (isso eu vou comentar daqui a pouco também), taxímetro adulterado, direção perigosa, velocidade muito acima do limite, freadas bruscas, falta de troco adequado, falta de uso do cinto de segurança, música ruim da FM O DIA berrada pelos alto falantes fabricados nos anos 80 cujos cones já estão castigados pela ação do tempo, dentre outras coisitas mais.

Agora, uma coisa que irrita são esses assuntos escrotos que esses caras puxam... Sobretudo futebol. Eu odeio ficar conversando com estranhos, ainda mais a respeito de um assunto que eu não conheço -- futebol, no caso. Geralmente, respondo "ahhhhmmm... tá....", pra ver se rola uma desconversa, mas os caras são tão burros, que demora muito pra entender o recado.

Mas o que me deixa mais bolado nessa história toda é ver como esses taxistas são comedores. Juro por Deus que se eu pudesse voltar no tempo uns 20 anos, teria estudado bem menos, pra de repente dar a sorte de poder ser taxista, só pra comer tanta mulher como esses caras comem. O mais engraçado é que, segundo eles, tem muita mulher aí mal comida na praça que precisa da ajuda deles. 

Algumas são até casadas ou tem namorado, e outras chegam até a pagar pelo "programa" do piloto, usando a mesma tabela de tempo do taxímetro! Esses caras têm tanta mulher querendo dar pra eles, que eu não sei como eles arrumam tempo pra trabalhar. Acho que as pessoas deveriam se conscientizar e evitar que suas esposas e namoradas andem de táxi por aí sozinhas, pois vai que elas não resistam a tamanho charme, sensualidade???...

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